sexta-feira, 10 de abril de 2009

Fernandinho

Olá amigos! O post de hoje dedica-se à história de um personagem não real para mim pelo menos. Fernandinho.


Fernandinho era um menino comum. Nem pobre nem rico, mas sempre tinha o que pedia aos pais. Gostava de miniaturas de carros luxuosos, desses que se vendem na padaria. Jogava futebol no quintal de casa e interpretava atacante (chutando a bola contra a parede) e goleiro (quando a bola voltava da parede). Assistia desenhos e tinha seus bonecos. E Fernandinho, como todo menino também era um super-herói! O Batman!

Sua mãe o guardava de todos os perigos do mundo. Mas isso era por causa um problema psicológico, a Síndrome do Pânico. Para ela a rua era o inferno, por isso vivia trancada em casa com o filho. Todas as portas da casa tinham um complexo sistema de trincas, fechaduras e barras.

Fernandinho também ia na missa aos domingos. Seguia a procissão na sexta-feira Santa, sozinho. Era quase um "Bentinho".

Por medo, era aplicado na escola. O drama para ele devia ser grande. Pra se ter uma idéia, quando os amigos o chamavam pra jogar bola na rua, sua mãe aparecia no portão com uma expressão de pena e desespero dizendo a quantidade de tarefas pra escola que ele estava a fazer, e por isso não sairía pra jogar.

Aos finais de semana ele podia sair. Mas como era um dos mais novos, sentia no fundo do coração todo o ódio do universo quando os meninos mais velhos abusavam dele. Mas ainda sim permanecia um bom garoto. Obediente, educado, condicionado. E amedrontado também.

Mas o que quero dizer é que o tempo passou e Fernandinho cresceu. Aprendeu os prazeres da vida. Percebeu que não era obrigado a respeitar tanto sua mãe mas chegava a estrapolar nas respostas que dava. Isso era um reflexo da angústia que sentiu na infância pela dominação materna. Começou a frequentar o harém e voltar pra casa de táxi com o dinheiro que os pais davam. Experimentou maconha, mas não se viciou. Enfim.... libertou-se um pouco. Um pouco por que a vida não é só isso. Ainda tem muito pra rolar.

O que Deus pensa disso?

Opinião do autor:

Achei que esse seria o pior texto do blog. A pergunta final salvou um pouco o post.

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