segunda-feira, 12 de abril de 2010

Get back...

1 ano depois... muita coisa mudou, e muitos foram os motivos que me fizeram parar de praticar o blog. Não sei ainda se tais motivos virão parar aqui nessa tela. Mas o que importa é que quero volltar a escrever e vou começar com um texto que escrevi no início de março. Não tem significado, nem sentido, são só palavras jogadas. Não pelo assunto do texto, quero dedicar esse primeiro à minha eternamente amada mãe, já que a última vez que publiquei aqui era um sábado e ela limpava a casa. Saudade que só vai passar quando eu a vir novamente, ou quando meus filhos chegarem.

"Não costumo ter ciúmes, ou dizer palavras insensatas como pedras de xadrez. Filho pobre de alguém rico, e por isso eu te digo: nunca acenda o cigarro ou tome aquele gole que vai mudar o rumo da tua vida. Cheguei lá, não tinha nada, só o abismo de onde eu não quis pular. Você tem medo? Então corre ou enfrenta o homem que todos os dias te dá um tapão e rouba teu pão. Migalhas e migalhas de memória esquecida no caminho... ontem mesmo eu vi o rosto, que bem lá no fundo do poço pedia paz e amor, mas ninguém o ouvia. Mas eu escutei. Ele me chamou, mas eu não quis entender aquele papo furado.
Bom, já depois dos 30, fingia ter vivido tudo, assim como o poeta ("o fingi-dor"), só pra ter o que contar. Mas, no fundo no fundo, sou só uma coisa: sou saudade, daquelas velhas negras de muita idade."

Para Rita F. Lourenço (in memorian)