quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Odeio a morte!

Eu odeio a morte. Todo dia ela bate a minha porta e diz: vamos sair?
Nunca aceito. Me deito. Embaixo das cobertas de tanto meeeeedooo!
Certas pessoas gostam de falar sobre ela, como se fossem amigas da morte.
Eu não! Pra ser meu amigo tem de ser bonito que nem eu, e a morte é muito feia.
Putz... o celular vibrando, um minutinho...
 - Fala morte! Não quero sair com você! Ja pedi pra ficar longe da minha casa e não se aproximar da minha família. Falando em família, cadê minha mãe? Pra onde você a levou? E minha avó? Não, prefiro não vê-los agora. Tchau!
Era ela... credo.
Um dia eu aceito um passeiozinho. Ela leva pra passear até passarinho... mas quero que me leve aonde está minha mãe e minha avó.
Se é que ela sendo assim tão ruim pode entrar no céu!
Eu odeio a morte, e sim, morro de medo dela!

sábado, 11 de setembro de 2010

Estou indo embora. Adeus.

Estou indo embora para um novo lugar. Não sei em quantos dias vou chegar, nem que caminho terei que caminhar.
Para onde vou, os dias passam mais devagarinho.
Estou indo embora para uma vida nova. Cansei. Nunca, aqui nesse lugar, me disseram uma palavra de carinho ou de conforto.
Estou indo embora. Para um lugar onde gente não mata gente. Lá não existe melhor ou pior. Lá todo mundo tem alimento.
Vou me embora para não mais vê-la, e deixar um frio adeus.
Quando eu chegar, os santos diram: "Olá Mário. Sente-se e conte seu problema, pegarei um chá. Qual você mais gosta?"
Estou indo embora sem olhar pra trás, seguindo os passos da vontade da juventude! Vou voar.
E quando chegar, não mandarei cartas. Não houve ninguém por aqui que as merecesse.
E quando eu chegar, todo dia será novo. Tudo será novo. E então, lá talvez eu tenha uma nova chance para aprender a sorrir.
Adeus.